domingo, 30 de março de 2014

Debate crítico sobre os 50 anos do Golpe Militar de 1964

Nesse último sábado (29/03) realizou-se o debate crítico "O Golpe de 1964 e a ditadura civil-militar", relembrando os 50 anos do episódio, que se completa na próxima semana.

Organizado pelo Sind-UTE/MG subsede Caxambu e pelo grupo Agroecologico Caxambu/Baependi, contou com as participações do prof. Cássio Diniz, da diretoria estadual do sindicato, de Cainã Hutter, ex-coordenador do DCE da UNIRIO, e Antonio Garcia, do grupo Agroecologico.

Veja abaixo as fotos do debate:






sábado, 29 de março de 2014

CARTA ABERTA DA COMISSÃO DO FUNCIONALISMO EM RESPOSTA AO PRONUNCIAMENTO DO PREFEITO MUNICIPAL DE CAXAMBU

CARTA ABERTA DA COMISSÃO DO FUNCIONALISMO EM RESPOSTA AO PRONUNCIAMENTO DO PREFEITO MUNICIPAL DE CAXAMBU

Prezados trabalhadores, funcionários públicos municipais e população Caxambuense.
A Comissão do Funcionalismo Público Municipal de Caxambu, no qual engloba o Sindiscaxa, o Sind-UTE/MG subsede Caxambu, a Comissão dos Professores Municipais e trabalhadores da base, vem aqui responder ao pronunciamento do senhor prefeito, realizado no início dessa tarde de sábado.
Primeiramente gostaríamos de assinalar que a rádio Circuito das Águas não nos cedeu o direito de resposta na emissora. Ao invés disso, nos cobrou um valor alto e impôs restrições de responsabilidade que inviabilizaram uma resposta, mesmo sendo a rádio uma concessão pública, que por obrigação deveria ter uma função social. Além disso, foi negada a fala de membros da comissão no programa Externa da Circuito, sob alegação que o jornalista recebeu ordens de não permitir falar sobre a greve.
O senhor prefeito falta com a verdade ao não informar que a comissão, eleita democraticamente na assembléia do dia 27 de novembro, protocolou a pauta de reivindicações e o pedido de reunião em 13 de dezembro, e que ele nos ignorou. Também falta com a verdade ao não informar que repetimos o protocolo do pedido de reunião em 8 de janeiro, também ignorado. Repetimos os apelos de reunião oficial com a comissão do funcionalismo na tribuna livre da Câmara em fevereiro e em março. E em nenhum desses momentos a prefeitura entrou oficialmente em contato com a comissão ou com o Sindicato.
O prefeito, em seu pronunciamento, não informou que a reunião por ele pedida e marcada para 20 de março – que tinha como objetivo obter uma proposta do executivo à pauta de reivindicações – só foi realizada após mais um protocolo do dia 18 de março, em que ressaltamos o indicativo de greve. Essa reunião não avançou devido a falta de compromisso da prefeitura em resolver os problemas, no qual ele pediu mais 15 dias para responder algo, ignorando os três meses de prazo que já demos. A assembléia não aceitou esses mais 15 dias, pois consideramos ser mais uma tática de enrolação.
Diversas informações veiculadas em seu pronunciamento não condizem com a realidade. Para quem conhece o cotidiano dos funcionários públicos municipais de Caxambu, sabe os problemas que existem, como falta de equipamentos, perda de direitos e desvalorização de salários devido a inflação. Tudo isso tendo que ver os enormes gastos com festas e eventos.
Condenamos a atitude do senhor prefeito, de ao invés buscar o real diálogo que possa resolver os problemas, ele busca deslegitimar e desmoralizar o movimento, ao atacar impiedosamente o presidente do Sindiscaxa. Questionamos que antes de divulgar as diárias gastas pelo senhor Júlio Tadeu – que, aliás, podem ser divulgadas – informassem os gastos das diárias usadas pelo prefeito.
Lembramos senhor prefeito, que houve paralisações em outros governos. Em 2012 os professores municipais paralisaram suas atividades, exigindo o cumprimento do plano de cargos e salários dos docentes. No entanto, naquele caso, houve abertura de negociações por parte da prefeitura.
Quantas pessoas mesmo?
Aliás, senhor prefeito, não tinha apenas 70 pessoas. Se o senhor e sua assessoria prestarem atenção, tinha muito mais que 70 pessoas. Muito mais, mesmo.
Condenamos também a tentativa de partidarizar o movimento de greve, ao dizer que se trata de ações de um determinado partido ou determinado político. O movimento é dos trabalhadores, independente de sua filiação partidária, ideológica, de credo ou de cor. O movimento é democrático e participativo, e as assembleias, instâncias máximas de deliberação, representam a vontade da categoria. Não queremos o seu cargo, queremos apenas respeito, dignidade e valorização. Se o senhor nos atender, o senhor poderá ser conhecido como o prefeito que resolveu um grande problema.
Condenamos a fala do prefeito ao atacar os funcionários públicos municipais, ao dizer que muitos não trabalham, que vão beber cachaça, que fogem do trabalho. Condenamos quando ele diz que aqueles que tiram licença médicas fazem isso para passear com dinheiro público. Quem está viajando com dinheiro público, hein senhor prefeito!?!
Sobre a educação, o senhor prefeito falta com a verdade ao não informar que o ocupante do cargo do executivo municipal deve administrar a prefeitura, assumindo as responsabilidades da máquina pública. Os biênios atrasados, referentes a 2012, não são de responsabilidades de pessoas, e sim do poder público. Por isso, fazemos a cobrança ao poder público. Também apresenta distorções em sua interpretação da Lei 11.738-08, a lei do piso, ao informar que já paga. Senhor prefeito, a lei é clara, o piso é o mínino e não existem limites para se pagar mais. Além disso, o valor é sobre o vencimento básico, e não sob o salário integral.
Também condenamos o apelo emocional feito pelo prefeito ao envolver as crianças. Informamos que em estado de greve, nenhuma criança poderá ser prejudicada na sua participação nos programas sociais, entre eles o Bolsa Família. O dia de greve não é dia de falta, é paralisação das atividades. Se houver corte no Bolsa Família, será a prefeitura que cortará. Diz que usamos as crianças, mas que faz isso na prática, e também em seu discurso, é o senhor prefeito. Além disso, ressaltamos que nenhuma criança será prejudicada, pois respeitamos a lei e iremos repor as aulas quando o executivo atender as nossas reivindicações.
Infelizmente, o senhor prefeito não informa todas as suas tentativas de coerção sofridas pelos funcionários, como forma de coibir o movimento, desrespeitando a lei 7.783/89.
Ressaltamos mais uma vez que a greve continua, até que o prefeito abra as negociações e apresente uma proposta à pauta de reivindicações. Pedimos a todos os funcionários públicos que se mantenham firmes. Não aceitem as inverdades e as tentativas de desmoralizar o movimento. A vitória só poderá ser conquistada com a participação de todos.
E por último, pedimos encarecidamente À TODA A POPULAÇÃO CAXAMBUENSE QUE APOIEM OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS. A UNIDADE DE TODOS OS CIDADÃOS FRENTE AS INTRANSIGÊNCIAS DO EXECUTIVO MUNICIPAL É VITAL PARA A NOSSA VITÓRIA.
Chamamos a todos, os funcionários públicos e também à toda a população, para participarem da manifestação em frente a prefeitura, segunda-feira, às 16 horas.
SOMENTE A LUTA MUDA A VIDA! UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!
A Comissão do funcionalismo público municipal de Caxambu

sexta-feira, 28 de março de 2014

Manifestação dos trabalhadores em educação de Minas Gerais - Belo Horizonte


Primeiro manifestação do funcionalismo público municipal de Caxambu


Primeira manifestação do funcionalismo público municipal de Caxambu, no primeiro dia de greve da categoria. 2º ato irá ocorrer no dia 31 de março, segunda-feira, às 16 horas. A GREVE CONTINUA! UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!!


quinta-feira, 27 de março de 2014

Manifestação marca primeiro dia de greve geral do funcionalismo municipal em Caxambu

Hoje, quinta-feira dia 27 de março, ocorreu a manifestação do funcionalismo público municipal de Caxambu. Esse ato marcou o primeiro dia da greve geral da categoria, a primeira da História de Caxambu. A comissão do funcionalismo público municipal (que inclui o Sindiscaxa, o Sind-UTE/MG subsede Caxambu, comissão de professores e trabalhadores de base) espera que a prefeitura municipal abra o diálogo com a categoria, apresentando uma proposta favorável para a pauta de reivindicações.

Está marcada para segunda, dia 31 de março às 16h, mais uma manifestação. Contamos com a participação de todos os funcionários e da comunidade.


Greve Geral, até que o prefeito atenda as nossas reivindicações. Unidos, somos muito mais fortes?












quarta-feira, 26 de março de 2014

Esclarecimento sobre o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.876

Hoje, 26/03/2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou parcial a inconstitucionalidade da Lei Complementar n. 100/07, por unanimidade pelos Ministros, com exceção do voto do Ministro Marco Aurélio.

Entretanto, somente não houve a declaração de inconstitucionalidade para os servidores e ocupantes de funções públicas integrantes do denominado Grupo de Execução de Apoio à Administração da Secretaria da Assembleia Legislativa. Ou seja, a decisão do STF só atingiu os servidores da educação de Minas Gerais.

Embora, decidida pela inconstitucionalidade, ocorreu a modulação dos efeitos da decisão, que visa resguardar algumas situações excepcionais. São elas:
1)      Resguardou os servidores efetivados pela LC 100/07 que já se encontram aposentados pelo Estado.
2)      Resguardou os servidores que já possuem ou que até a data da publicação da ata de julgamento dessa ADIN tenham reunidos os requisitos para aposentadoria (mesmo que não tenham feito o requerimento para se aposentarem).  Para estes, o direito à aposentadoria pelo Estado está garantido.
3)      Resguardou os servidores que são abrangidos pelo artigo 19 da ADCT, que são aqueles servidores considerados estáveis no serviço público e que trabalharam ininterruptamente por cinco anos anteriores a CR/88.
4)      A decisão terá efeito imediato para os cargos que já tem concurso público em andamento na educação em Minas Gerais.
5)       Para os cargos que ainda não tem concurso público em andamento, ficou estabelecido o prazo de 12 meses para que o Estado regularize a situação.  

Diante da decisão, os cargos ocupados pelos servidores “efetivados” tornam-se vagos. O que não quer dizer que esses servidores serão “automaticamente” mantidos como designados.

Importante dizer também que, a partir do julgamento do STF, ainda haverá a publicação da decisão, sendo esta ainda passível de recurso pelo Estado de Minas Gerais e pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. É importante esclarecer que a declaração de inconstitucionalidade não será alterada por recurso. Para ter efeito é necessária que a decisão transite em julgado.

Por isso, como a decisão ainda pode ter recurso, não haverá nenhuma medida imediata em relação à situação funcional de todos os servidores efetivados pela Lei Complementar 100/07.

Convocatória para a Greve Geral do funcionalismo público municipal de Caxambu



O vídeo está sendo veiculado na TV local, como forma de informar e conclamar o servidor à luta, bem como de garantir a simpatia da comunidade para a causa dos trabalhadores. Assista aqui.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Debate crítico sobre o Golpe de 1964 e a ditadura civil-militar no Brasil


domingo, 23 de março de 2014

Em assembleia, funcionalismo público municipal decreta greve geral a partir de quinta (27/03)

Em uma espetacular demonstração de coragem, os funcionários públicos municipais de Caxambu lotaram a Câmara na última sexta-feira (21/03), em mais uma assembleia geral da categoria. Se a assembleia passada já surpreendeu a todos pela quantidade de pessoas, a mais recente superou todas as expectativas. Faltou lugar para se sentarem, corredores lotados, área de trás tomada pela multidão, e até a escadaria ocupada até o lance inferior. Isso tudo demonstra a força da categoria em movimento, que começa a acreditar que o futuro está em suas mãos.

A assembleia começou com a exposição de como foi a reunião da comissão com o prefeito no dia anterior. A Prof.ª Carla Fernandes explicou a pouca disposição do chefe do executivo municipal em realmente negociar a pauta de reivindicações, que buscou apenas ganhar tempo pedindo mais prazos, e ignorando que a pauta de reivindicações fora protocolada em dezembro do ano passado. Ou seja, nem ao menos realizou o estudo do documento nos últimos três meses (provavelmente de forma deliberada). O resultado, na reunião em que deveria apresentar uma proposta à comissão, ele pediu para ler a pauta! Uma prova de desrespeito com a categoria.

Na fala seguinte, o prof. Cássio Diniz, diretor estadual do Sind-UTE/MG e membro da comissão, buscou a reflexão das intensões da prefeitura. Apontou que a mesma percebeu a força da mobilização da categoria, e está buscando desmobilizá-la, seja tentando enrolar a comissão e ganhar tempo, seja coagindo os funcionários. Diante disso, explicou, que o momento era favorável para a categoria, mas salientou a necessidade de avançarmos até a vitória.

Após, foi aberto o microfone para as intervenções e dúvidas da categoria. Muitos questionamentos foram feitos, e ao final a Dr. Mariana Tavares - advogada da FESEMPRE - respondeu a todos, ressaltando o direito inalienável à greve por parte de todos os trabalhadores e a existência de um conjunto de leis que corroboram e protegem aos que aderirem ao movimento.

Ao final da assembleia, foi apresentada pela comissão a proposta de greve, a se iniciar dia 27 de março (devido aos avisos legais a serem efetuados). Em um momento de beleza simbólica, a categoria aprovou por unanimidade a greve, até que o executivo atenda as reivindicações.

Agora começa a jornada para construirmos a greve. É importante que todos participem. A força da categoria está na adesão de todos; convencer aqueles que estão em dúvida é fundamental. Formem nos locais de trabalho seus comandos de greve. Comentem com a comunidade, pedindo o seu apoio e sua solidariedade. Para o dia de início da greve, está marcado um ato público do funcionalismo público em frente a prefeitura, às 15h. Contamos com a participação de todos, inclusive da comunidade em solidariedade. UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!

terça-feira, 18 de março de 2014

Em dia de greve nacional, Sind-UTE/MG subsede Caxambu protocola denúncia no Ministério Público

Em mais uma atividade em meio a Greve Nacional convocada pela CNTE, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais - Sind-UTE/MG - protocolou nos Ministérios Públicos de várias cidades representações denunciando a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) e o governo estadual pelo descaso com a educação.

Em Caxambu, a subsede regional do Sind-UTE/MG também protocolou representação denunciando o descaso da SEE/MG e do governo estadual com a educação mineira. O professor Cássio Diniz, diretor estadual do sindicato, foi recebido pelo Promotor Público da comarca, o Dr. Leandro Pannain Rezende. 

A denúncia faz referência à resolução 2.442/13, que proíbe a matrícula de jovens que não tem carteira assinada no ensino noturno nas escolas estaduais, ignorando o fato real de muitos jovens maiores de 14 anos trabalharem em empregos informais, e desrespeitando os direitos garantidos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso, a mesma resolução obriga as direções de escolas a concentrarem o máximo possível alunos em apenas um único turno, superlotando salas de aula e a própria escola em determinado horário, esvaziando outros turnos e fechando turmas. O Sind-UTE/MG interpreta como uma tentativa do governo em cortar gastos com a contratação de professores e funcionários, em detrimento da qualidade da educação.


sábado, 15 de março de 2014

EM ASSEMBLEIA LOTADA, FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CAXAMBU APROVAM INDICATIVO DE GREVE DA CATEGORIA

A Câmara de Caxambu ficou pequena para o grande número de trabalhadores que ocuparam os assentos e todos os demais espaços possíveis da plenária. A presença massiva dos funcionários públicos municipais de Caxambu não só mostrou o alto grau de insatisfação, como também a sua disposição para a luta. 

A assembleia geral começou com a exposição dos membros da Comissão do Funcionalismo. Júlio Tadeu, presidente do Sindiscaxa, resumiu a situação da campanha salarial e a absoluta falta de disposição por parte da prefeitura em não negociar a pauta de reivindicações, mesmo após várias tentativas da comissão em marcar reuniões com o executivo em dezembro, janeiro e fevereiro. Já a professora Carla Fernandes, da comissão dos professores municipais, relembrou as etapas da organização da campanha, a importância da participação de todos e o avanço da mobilização.
 
Logo após essa introdução, foi aberta a palavra à plenária, de forma democrática e participativa. As falas dos presentes refletiam a enorme disposição de luta da categoria, e a diminuição qualitativa dos medos e receios dos trabalhadores. Muitas contribuições foram apresentadas pelos presentes, como a proposta de aumentar o índice de reajuste aos funcionários referência 1 para acima do salário mínimo, como também formas de organização da campanha.
 
O professor Cássio Diniz, diretor estadual do Sind-UTE/MG e membro da comissão do funcionalismo, ressaltou a necessidade de aproveitar do momento em que se apresenta no Brasil. Lembrou a histórica vitória dos agentes de limpeza urbana (garis) do Rio de Janeiro na semana anterior, e enfatizou a importância de se espelhar em seu exemplo, apontando que somente a luta unificada e participativa é a garantia de vitórias.

Ao final das intervenções e das ponderações, os trabalhadores funcionários públicos municipais de Caxambu votaram e aprovaram o indicativo de greve até a próxima assembleia no dia 21 de março. Se até lá a prefeitura não abrir negociações e apresentar sua contraproposta da pauta de reivindicações, a categoria decretará greve e paralisará todas as suas atividades a partir de segunda-feira, dia 24.

Algo inédito na cidade, a greve será ocasionada pela mais absoluta falta de interesse do executivo municipal em negociar desde o começo. Como a comissão destacou, desde dezembro do ano passado se tentou a via do diálogo e da negociação. Todavia, a prefeitura resolveu desrespeitar a categoria, impondo-lhes a perda salarial e a perda de direitos. No entanto, os trabalhadores deram a prova que dessa vez será diferente. Aumenta cada vez mais os gritos da palavra de ordem “UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!”


sexta-feira, 14 de março de 2014

Greve Nacional da Educação - 17, 18 e 19 de março



sábado, 8 de março de 2014

Lições de uma mobilização vitoriosa

Por Cássio Diniz*

Acabo de receber a notícia da vitória dos agentes de limpeza urbana – popularmente conhecidos como garis – no Rio de Janeiro. Depois de uma semana em greve, os companheiros obtiveram uma das maiores vitórias do movimento sindical brasileiro do último período. Enfrentaram e derrotaram não apenas o prefeito Eduardo Paes, mas também as ameaças de demissões, a brutal repressão da PM, da Guarda Municipal e da segurança privada paga a peso de ouro pela prefeitura, e também a Rede Globo e demais outras mídias hegemônicas que buscaram fazer uma campanha contra os trabalhadores. Além disso, passaram por cima da direção pelega de seu sindicato, assumindo para si a organização de sua luta.

Que lições podemos tirar desse maravilhoso acontecimento? Que é possível construir uma mobilização participativa, democrática e de base, e obter vitórias em meio a todas as diversidades. É preciso apenas que superemos o individualismo, o medo, o comodismo, o desestímulo e a alienação, e busquemos a união e a força coletiva para transformarmos a realidade, que seja pelo menos nas mais imediatas demandas, como o salário e a valorização profissional.

Nós, trabalhadores em educação da rede estadual de Minas Gerais – e no atual contexto de Caxambu, funcionários públicos municipais –, precisamos nos enxergar, nos identificar e nos espelhar nos trabalhadores lutadores, corajosos e vitoriosos do Rio de Janeiro. Precisamos usar de seu exemplo e voltar a acreditar que é possível vencer graças a garra e a coragem de lutar coletivamente em prol de nosso futuro. Precisamos tomar para si o maior instrumento que a categoria tem em mãos, o sindicato. E por último, precisamos acordar, criar vergonha na cara e transformar nossa indignação cotidiana – algo que não podemos naturalizar – em ações concretas e coletivas para avançarmos até a vitória da classe trabalhadora. Por isso insistimos em nossa palavra de ordem: UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!


*Cássio Diniz, é mestre e doutorando em educação, professor da rede estadual de Minas Gerais e diretor estadual do Sind-UTE/MG

Dia Internacional da Mulher é tema de atividade do Sind-UTE/MG subsede Caxambu

Nesse sábado, 8 de março, o Sind-UTE/MG - subsede Caxambu - e o Grupo de Agroecologia Caxambu/Baependi realizaram a mesa-redonda "A mulher no século XXI", como parte das atividades em torno do Dia Internacional da Mulher.

A roda de debate contou com as falas da Prof.ª Nivea Magno, arte-educadora do Rio de Janeiro, e de Angela Marques, do Grupo de Agroecologia e mediadas pela Prof.ª Mauricea Rocha, diretora do Sind-UTE/MG Caxambu. Contudo, houve espaço para as mais diversas intervenções do público, transformando a atividade num grande debate coletivo acerca da situação da mulher no século XXI, com subtemas abordando desde a condição da mulher trabalhadora na sociedade capitalista, da relação humana entre a mulher e o planeta, das opressões vividas no cotidiano, nas lutas, nos avanços e conquistas, como também muitas contradições a serem superadas, como a violência física, moral e cultural existentes atualmente.

Confira abaixo algumas fotos da atividade:
















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